segunda-feira, 9 de novembro de 2015

De acordo com as relações existentes entre o sujeito e o processo verbal que se enuncia, teremos uma das três vozes verbais: 1) ATIVA – Aquela em que o sujeito é o agente da ação verbal, ou de alguma forma, é o ponto de partida da afirmação enunciada: Exs: O presidente assinou o decreto. Eles receberam o prêmio. 2) PASSIVA – Aquela em que o sujeito é paciente da ação verbal. A voz passiva pode expressar-se de duas maneiras: a) Passiva analítica Obedece à seguinte estrutura: Sujeito + Verbo auxiliar (ser, estar, ficar) + Particípio do verbo principal + Agente da passiva Exs.: O decreto foi assinado pelo Presidente. O prêmio foi recebido pelo vencedor. Observe-se que na passagem da voz ativa para a passiva analítica ocorrem inversões de funções sintáticas, isto é: o objeto direto passa a ser sujeito e esse passa a ser agente da passiva. O verbo principal, no caso assinar, “vai para o particípio, ao passo que o auxiliar fica no mesmo tempo, modo e pessoa em que estava o principal”. Observe ainda que é facultativa a enunciação do agente da passiva, que pode ou não ser expresso: Ex.: O decreto foi assinado (pelo Presidente). È claro que a passagem da ativa para a passiva só pode ser feita com verbo transitivo direto. Se o objeto direto da voz ativa vier representado por pronome oblíquo, na voz passiva passará a sujeito na forma tônica: Ex.: João convidou-a – ativa. Ela foi convidada por João – passiva. O agente da passiva vem sempre regido de preposição, por isso se o sujeito da ativa for eu ou tu, como agente da passiva assumirá as formas oblíquas tônicas: Ex.: Tu compraste o caderno – ativa. O caderno foi comprado por ti – passiva. b) Passiva sintética ou pronominal. A construção sintética é feita com verbo transitivo direto e com o pronome SE apassivador, daí o nome de pronominal. Apresenta a seguinte forma: Verbo principal + se + sujeito OBS. O pronome poderá vir proclítico, mesolítico ou enclítico ao verbo dependendo das regras de colocação. Nessa construção não se anuncia nunca o agente da passiva, e o verbo concorda com o sujeito: Ex.: Assinou-se o decreto. Assinaram-se os decretos. Passagem da passiva analítica para a sintética. Vamos desenvolver etapa por etapa de como se faz essa passagem. Considere-se a oração: Casas são alugadas (pelo proprietário). 1º) Elimina-se o agente da passiva, se aparecer: Casas são alugadas. 2º) Elimina-se o verbo SER e passa-se o verbo principal para o mesmo modo, tempo e pessoa em que estava o verbo SER: Alugam 3º) Junta-se o pronome SE ao verbo, observando-se as regras de colocação dos pronomes: Alugam-se. Ou Não se alugam. 4º) O sujeito fica posposto ao verbo que com ele concorda: Alugam-se casas. Ou Não se alugam casas. Passagem da sintética para a analítica. É claro que se segue o processo inverso. Consideremos: Alugam-se casas. 1º) Elimina-se o pronome apassivador SE: Alugam casas. 2º) Introduz-se o verbo auxiliar no mesmo modo, tempo e pessoa em que estava o verbo principal que vai para o particípio: São alugadas. 3º) O sujeito (casas) fica anteposto ao verbo auxiliar, com ele concordando: Casas são alugadas. 4º) Enuncia-se ou não o agente da passiva: Casas são alugadas (por alguém). Passiva analítica no tempo composto Para passar um tempo composto para a passiva analítica, segue-se o processo já estudado, introduzindo-se SIDO, que é o particípio do verbo SER. Consideremos as orações: Eles tinham comprado o livro – voz ativa. Os livros tinham sido comprados – voz passiva. Passiva sintética no tempo composto Para passar uma frase com tempo composto da passiva analítica para a passiva sintética, segue-se o modelo já estudado, tirando-se o SIDO e introduzindo o SE. Consideremos. Os livros tinham sido comprados – passiva analítica. Tinham-se comprados os livros – passiva sintética. 3) RELEXIVA – Na voz refletiva, o sujeito pratica e sofre a ação verbal. Assim, ele é, ao mesmo tempo, agente e paciente: Ex.: O menino cortou-se. A voz reflexiva expressa-se por meio de verbos que se conjugam acompanhados de pronomes oblíquos da mesma pessoa do sujeito, podendo ser classificados de essencialmente pronominais, tais como: arrepender-se ou queixar-se. Eu me arrependi Tu te arrependeste Ele se arrependeu Nós nos arrependemos Vós vos arrependestes Eles se arrependeram Nesse caso, os pronomes oblíquos são classificados sintaticamente como parte integrante do verbo. Há outros verbos que podem ou não ser acompanhados de pronomes oblíquos, classificam-se como acidentalmente pronominais, tais como: vestir ou enganar. Eu me enganei Tu te enganaste Ele se enganou Nós nos enganamos Vós vos enganastes Eles se enganaram Nesse caso, os pronomes oblíquos têm a função sintática de objeto direto. Como se vê, o estudo das vozes verbais serve de base para a função sintática do SE e repercute ainda no estudo da concordância verbal. Também exige conhecimento de colocação pronominal. 4 FUNÇÕES DO SE Nesse pulo-do-gato ao mesmo tempo que vimos as vozes verbais, aprendemos também três funções sintáticas do pronome SE. Vamos recordá-las e apresentar mais uma função desse pronome: 1) PRONOME APASSIVADOR O SE será pronome apassivador, quando se seguir a um verbo transitivo direto, estando a frase na passiva sintética ou pronominal. Ex: Alugam-se casas. Essa frase corresponde a: Casas são alugadas (por alguém). 2) PARTE INTEGRANTE DO VERBO Só ocorre quando o SE está junto essencialmente pronominais, isto é, verbos que só podem ser conjugados com pronomes reflexivos. Ex: Eles se arrependeram. 3) OBJETO DIRETO Quando SE juntar-se a verbos acidentalmente pronominais. Ex: Ele se enganou. Nesse caso o SE corresponde a: Si mesmo e o se é objeto direto. 4) INDETERMINAÇÃO DO SUJEITO Estamos apresentando agora essa função sintática do SE. Ela só ocorre quando o SE juntar-se a um verbo intransitivo ou transitivo indireto. Exs: Vive-se bem aqui (intransitivo). - Precisa-se de secretária (transitivo indireto). Observe a diferença na concordância entre o SE pronome apassivador e o SE indeterminação do sujeito. Quando pronome apassivador, o verbo concorda com o sujeito, podendo ficar, portanto, na 3a pessoa do singular ou do plural,dependendo do sujeito. Ex: Aluga-se esta casa ou alugam-se casas. Quando indeterminação do sujeito, o verbo fica sempre na 3a pessoa do singular. Ex: Precisa-se de secretárias. Geralmente os assuntos importantes do Português são inter-relacionados a outro

De acordo com as relações existentes entre o sujeito e o processo verbal que se enuncia, teremos uma das três vozes verbais:
1) ATIVA
– Aquela em que o sujeito é o agente da ação verbal, ou de alguma forma, é o ponto de partida da afirmação enunciada:
Exs: O presidente assinou o decreto. Eles receberam o prêmio.
2) PASSIVA
– Aquela em que o sujeito é paciente da ação verbal. A voz passiva pode expressar-se de duas maneiras:
a) Passiva analítica
Obedece à seguinte estrutura:
Sujeito
+
Verbo auxiliar (ser, estar, ficar)
+
Particípio do verbo principal
+
Agente da passiva
Exs.: O decreto foi assinado pelo Presidente. O prêmio foi recebido pelo vencedor.
Observe-se que na passagem da voz ativa para a passiva analítica ocorrem inversões de funções sintáticas, isto é: o objeto direto passa a ser sujeito e esse passa a ser agente da passiva.

O verbo principal, no caso assinar, “vai para o particípio, ao passo que o auxiliar fica no mesmo tempo, modo e pessoa em que estava o principal”. Observe ainda que é facultativa a enunciação do agente da passiva, que pode ou não ser expresso:
Ex.: O decreto foi assinado (pelo Presidente).
È claro que a passagem da ativa para a passiva só pode ser feita com verbo transitivo direto. Se o objeto direto da voz ativa vier representado por pronome oblíquo, na voz passiva passará a sujeito na forma tônica:
Ex.: João convidou-a – ativa.
Ela foi convidada por João – passiva.

O agente da passiva vem sempre regido de preposição, por isso se o sujeito da ativa for eu ou tu, como agente da passiva assumirá as formas oblíquas tônicas:
Ex.: Tu compraste o caderno – ativa.
O caderno foi comprado por ti – passiva.

b) Passiva sintética ou pronominal. 
A construção sintética é feita com verbo transitivo direto e com o pronome SE apassivador, daí o nome de pronominal. Apresenta a seguinte forma:
Verbo principal + se + sujeito
OBS. O pronome poderá vir proclítico, mesolítico ou enclítico ao verbo dependendo das regras de colocação.
Nessa construção não se anuncia nunca o agente da passiva, e o verbo concorda com o sujeito:
Ex.: Assinou-se o decreto. Assinaram-se os decretos.
Passagem da passiva analítica para a sintética.
Vamos desenvolver etapa por etapa de como se faz essa passagem. Considere-se a oração:
Casas são alugadas (pelo proprietário).
1º) Elimina-se o agente da passiva, se aparecer:
Casas são alugadas.
2º) Elimina-se o verbo SER e passa-se o verbo principal para o mesmo modo, tempo e pessoa em que estava o verbo SER:
Alugam
3º) Junta-se o pronome SE ao verbo, observando-se as regras de colocação dos pronomes:
Alugam-se.
Ou
Não se alugam.
4º) O sujeito fica posposto ao verbo que com ele concorda:
Alugam-se casas.
Ou
Não se alugam casas.
Passagem da sintética para a analítica.
É claro que se segue o processo inverso. Consideremos:
Alugam-se casas.
1º) Elimina-se o pronome apassivador SE:
Alugam casas.
2º) Introduz-se o verbo auxiliar no mesmo modo, tempo e pessoa em que estava o verbo principal que vai para o particípio:
São alugadas.
3º) O sujeito (casas) fica anteposto ao verbo auxiliar, com ele concordando:
Casas são alugadas.
4º) Enuncia-se ou não o agente da passiva:
Casas são alugadas (por alguém).
Passiva analítica no tempo composto
Para passar um tempo composto para a passiva analítica, segue-se o processo já estudado, introduzindo-se SIDO, que é o particípio do verbo SER. Consideremos as orações:
Eles tinham comprado o livro – voz ativa.
Os livros tinham sido comprados – voz passiva.

Passiva sintética no tempo composto
Para passar uma frase com tempo composto da passiva analítica para a passiva sintética, segue-se o modelo já estudado, tirando-se o SIDO e introduzindo o SE. Consideremos.
Os livros tinham sido comprados – passiva analítica.
Tinham-se comprados os livros – passiva sintética.

3) RELEXIVA
– Na voz refletiva, o sujeito pratica e sofre a ação verbal. Assim, ele é, ao mesmo tempo, agente e paciente:
Ex.: O menino cortou-se.
A voz reflexiva expressa-se por meio de verbos que se conjugam acompanhados de pronomes oblíquos da mesma pessoa do sujeito, podendo ser classificados de essencialmente pronominais, tais como: arrepender-se ou queixar-se.
Eu me arrependi
Tu te arrependeste
Ele se arrependeu
Nós nos arrependemos
Vós vos arrependestes
Eles se arrependeram

Nesse caso, os pronomes oblíquos são classificados sintaticamente como parte integrante do verbo.
Há outros verbos que podem ou não ser acompanhados de pronomes oblíquos, classificam-se como acidentalmente pronominais, tais como: vestir ou enganar.
Eu me enganei
Tu te enganaste
Ele se enganou
Nós nos enganamos
Vós vos enganastes
Eles se enganaram

Nesse caso, os pronomes oblíquos têm a função sintática de objeto direto. Como se vê, o estudo das vozes verbais serve de base para a função sintática do SE e repercute ainda no estudo da concordância verbal. Também exige conhecimento de colocação pronominal.
4 FUNÇÕES DO SE
Nesse pulo-do-gato ao mesmo tempo que vimos as vozes verbais, aprendemos também três funções sintáticas do pronome SE. Vamos recordá-las e apresentar mais uma função desse pronome:
1) PRONOME APASSIVADOR
O SE será pronome apassivador, quando se seguir a um verbo transitivo direto, estando a frase na passiva sintética ou pronominal.
Ex: Alugam-se casas.
Essa frase corresponde a:
Casas são alugadas (por alguém).
2) PARTE INTEGRANTE DO VERBO
Só ocorre quando o SE está junto essencialmente pronominais, isto é, verbos que só podem ser conjugados com pronomes reflexivos.
Ex: Eles se arrependeram.
3) OBJETO DIRETO
Quando SE juntar-se a verbos acidentalmente pronominais.
Ex: Ele se enganou.
Nesse caso o SE corresponde a:
Si mesmo e o se é objeto direto.
4) INDETERMINAÇÃO DO SUJEITO
Estamos apresentando agora essa função sintática do SE. Ela só ocorre quando o SE juntar-se a um verbo intransitivo ou transitivo indireto.
Exs: Vive-se bem aqui (intransitivo). - Precisa-se de secretária (transitivo indireto).
Observe a diferença na concordância entre o SE pronome apassivador e o SE indeterminação do sujeito. Quando pronome apassivador, o verbo concorda com o sujeito, podendo ficar, portanto, na 3a pessoa do singular ou do plural,dependendo do sujeito.
Ex: Aluga-se esta casa ou alugam-se casas.
Quando indeterminação do sujeito, o verbo fica sempre na 3a pessoa do singular.
Ex: Precisa-se de secretárias.
Geralmente os assuntos importantes do Português são inter-relacionados a outros.

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