A vírgula é sempre explorada em concursos públicos, portanto fique atento ao seu adequado emprego! Usar a vírgula vai além de representar a oralidade. Implica conhecimentos acerca de sintaxe e organização do período.
Uso de Vírgula
PRÉ-REQUISITOS PARA O ESTUDO DA VÍRGULA
1. Dizemos que os termos de uma oração estão em ordem direta quando eles se sucedem na seqüência natural da fala, isto é, quando se dispõe na seguinte progressão:
sujeito verbo complemento do verbo adjunto adverbial
Orações em ordem direta
As autoridades | visitaram | o salão do automóvel | às 10 horas. |
sujeito | verbo | complemento do verbo | adjunto adverbial |
2. Dizemos que há ordem indireta sempre que a progressão acima for alterada. Se, por exemplo, colocarmos o adjunto adverbial antes do sujeito ou entre o sujeito e o verbo, teremos um caso de ordem indireta
Orações em ordem indireta
Às dez horas, | as autoridades | visitaram | o salão do automóvel. |
adjunto adverbial | sujeito | verbo | complemento do verbo |
Sempre os termos da oração ocorrem dispostos em ordem indireta quando:
- há inversões
- há intercalações
- pode haver até omissão de termos que ficam ocultos na cadeia da frase.
- há intercalações
- pode haver até omissão de termos que ficam ocultos na cadeia da frase.
Esses fenômenos, em geral, são marcados por vírgulas na escrita.
É preciso não incorrer numa pressuposição enganosa: que toda pausa na língua oral corresponde a uma vírgula na escrita. Se assim fosse, para o uso da vírgula, poderíamos confiar cegamente na intuição e não precisaríamos estudar regra alguma. É verdade que muitas pausas da língua oral correspondem à vírgula na escrita, mas a implicação não é necessária, sobretudo porque:
É preciso não incorrer numa pressuposição enganosa: que toda pausa na língua oral corresponde a uma vírgula na escrita. Se assim fosse, para o uso da vírgula, poderíamos confiar cegamente na intuição e não precisaríamos estudar regra alguma. É verdade que muitas pausas da língua oral correspondem à vírgula na escrita, mas a implicação não é necessária, sobretudo porque:
- a língua oral é livre de convenções e mais sujeita à individualidade do falante.
- a língua escrita é mais conservadora e mais apegada a usos adquiridos ao longo de uma tradição.
- a língua escrita é mais conservadora e mais apegada a usos adquiridos ao longo de uma tradição.
Disso decorre que:
- pode haver pausas na língua oral que não são marcadas por vírgula na escrita.
Exemplo:
O desenvolvimento normal da personalidade | pressupõe bom ambiente. |
sujeito | predicado |
Note que entre o sujeito e o predicado não se usa vírgula, embora, na fala, possa haver uma pausa, sobretudo quando o sujeito tem algum extensão.
- pode haver vírgulas na escrita que não correspondem à pausa na língua oral.
Exemplo:
Fique quieto | menino. |
vocativo |
Como se pode notar, no caso acima, não ocorre pausa na fala e ocorre vírgula na escrita.
Como conclusão de tudo o que vimos, diremos que a gramática escolar, baseada no uso que os escritores clássicos têm feito da vírgula, propõe um conjunto de normas que devem ser seguidas por aqueles que desejam usar a escrita dentro do padrão culto.
Não se imaginava | que a propaganda seria tão agressiva. |
oração principal | oração subordinada substantiva |
B) subordinadas adjetivas:
A adjetiva restritiva não se separa da principal através da vírgula.
Exemplo:
São raros os programas de TV | que trazem algum proveito. |
oração principal | oração subordinada adjetiva restritiva |
Observação: Pode ocorrer vírgula depois da oração subordinada adjetiva restritiva, sobretudo se ela tem certa extensão ou se termina por um verbo contíguo ao da oração seguinte.
Exemplo:
Os empreendimentos | que mais convinham | foram entregues a outros. |
oração subordinada adjetiva restritiva |
A adjetiva explicativa vem sempre isolada entre vírgulas.
O juiz | que era integro, | não se vendeu. |
oração subordinada adjetiva explicativa | oração principal |
C) subordinadas adverbiais:
Sempre é correto o uso da vírgula entre as subordinadas adverbiais e a oração principal.
Exemplo:
Ainda que a situação fosse adversa, | conseguimos bom resultado. |
oração subordinada adverbial | oração principal |
D) orações coordenadas:
As assindéticas separam-se por vírgula entre si.
Exemplo:
Pegou o recado, | leu-o, | disparou para a rua. |
oração coordenada assindética | coordenada assindética | coordenada assindética |
As coordenadas sindéticas, exceto as aditivas com e, separam-se por vírgula.
Exemplo:
Penso, | logo existo. |
coordenada assindética | coordenada sindética conclusiva |
Observação: As coordenadas sindéticas introduzidas pela conjunção e podem separa-se por vírgula nos seguintes casos:
- se os sujeitos forem diferentes.
Exemplo:
Os responsáveis eram eles, | e nós tivemos de assumir. |
coordenada assindética suj. os responsáveis | coordenada sindética aditiva suj. – nós |
- Se o e vier repetido várias vezes a título de ênfase. Exemplo: E falou, e pediu, e reclamou.
- Orações intercaladas: separam-se por vírgulas.
Exemplo:
Não podemos, | dizia ele, pagar o bem com o mal. |
Observação: A oração intercalada pode vir também separada pelo duplo travessão e por parênteses.
Bem, agora é só treinar! Pratique sempre! Essa é a receita do sucesso.
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