segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Como Fazer uma Monografia

Introdução
Este trabalho visa mostrar considerações sobre as exigências metodológicas da elaboração do trabalho cientifico e apresentar diretrizes para sua composição.

1.1 MONOGRAFIA
1.2 Conceito
Etimologicamente, monografia significa " trabalho escrito sobre um único tema", tal definição por demais abrangente, é complementada até por dicionários de língua, que se refere ao uso geral:
- monografia [ De mon(o) - + - ia] s.f. Dissertação ou estudo minucioso que se propõe esgotar determinado tema relativamente restrito. (FERREIRA,1986:1154).
Na definição da ABNT (P-TB-49/67), monografia é:
"Documento que apresenta a discrição exaustiva de determinada matéria, abordando aspectos científicos, históricos, técnicos econômicos, artísticos, etc."
uma pesquisa sobre a característica dos escritos científicos mostram que Salvador (1977:32) apresenta a conceituação de monografia segundo alguns autores:
"A monografia é um estudo cientifico de uma questão bem determinada e limitada, realizado com profundidade e de forma exaustiva" (Rafael Farina)
"É um trabalho sistemático e completo sobre um assunto particular, usualmente pormenorizado no tratamento,mas não extenso no alcance" (American Library Association).
O uso do termo monografia, de forma generalizada para designar todo o tipo de trabalho confeccionado, durante a realizaçao do curso de graduação, ainda que a base seja uma investigação cientifica, é incorreto.
Monografia significa a abordagem de um único assunto, ou problema,sob tratamento metodológico de investigação. Exige portanto, que lhe seja dada uma especificação, um tratamento aprofundado e exaustivo, que não deve ser confundido com extensão.
A característica essencial da monografia é a forma de estudo de um tema (unidade) delimitado, uma atualidade e originalidade acompanhada de uma contribuição importante para aplicação do conhecimento especifico.
"A tese de doutoramento e a dissertação de mestrado, no contexto da vida acadêmica, e os trabalhos resultantes de pesquisa rigorosa são exemplos de monografias cientificas" (Severino, 1996:104).
Assim, a diferenciação básica entre monografia e outros tipos de trabalhos científicos estão relacionados:
- ao nível de pesquisa e à conseqüência profundidade de estudo;
- a sua finalidade, ou seja, além de satisfazer a um requisito para obtenção de grau, refere-se a uma contribuição cientifica;
- à metodologia utilizada para levantamento, apresentação e interpretação dos dados;
- à forma de relato e de comunicação por escrito do que foi investigado, refletido e descoberto.
Atualmente, as necessidades de prosseguir os estudos além da graduação, no sentido de aprimorar o conhecimento ou incluir o processo de formação educacional, leva os graduados a iniciarem estudos em nível de pós-graduação.
Em consonância com os requisitos básicos de monografia, como:
  • redução de abordagem a um só tema;
  • tratamento exaustivo e completo em profundidade;
  • necessidade de investigação cientifica com suporte;
  • condição de apresentar contribuição para o progresso da ciência;
  • exigência de oferecer uma contribuição pessoal original à ciência.
Em fim trata-se, portanto, de um estudo sobre um tema especifico ou particular, com suficiente valor representativo e que obedece a rigorosa metodologia. Investiga determinado assunto não só em profundidade, mas também em todos os seus ângulos e aspectos, dependendo dos fins a que se destina.
Tem como base a escolha de uma unidade ou elemento social, sob duas circunstâncias:
1) ser suficientemente representativo de um todo cujas as características se analisa;
2) ser capaz de reunir os elementos constitutivos de um sistema social ou de refletir as incidências e fenômenos de caráter autenticamente coletivo.
1.2.1 Características
A monografia apresenta algumas características
a) trabalhos escritos, sistemáticos e completo;
b) tema especifico ou particular de uma ciência ou parte dela;
c) estudos pormenorizados e exaustivos, abordando vários aspectos e ângulos do caso;
d) tratamento extenso em profundidade, mas não em alcance (nesse caso, é limitado);
e) metodologia especifica;
f) contribuição importante, original e pessoal para a ciência;
A característica essencial não é a extensão, como querem alguns autores, mas o caráter do trabalho (trabalho de um tema delimitado) e a qualidade da tarefa, isso é, o nível da pesquisa, que está intimamente ligado aos objetivos propostos para sua elaboração.
A monografia implica originalidade, mas até certo ponto uma vez que é impossível obter total novidade em um trabalho; isso é relativo, pois a ciência, sendo acumulativa está sujeita a continuas revisões.
A monografia não é:
  • repetir o que já foi dito por outro, sem se apresentar nada de novo ou em relação ao enfoque, ao desenvolvimento ou às conclusões;
  • responder a uma espécie de questionário, não é executar um trabalho semelhante ao que se faz em um exame ou deveres escolares;
  • manifestar meras opiniões pessoais, sem fundamentá-las com dados comprobatórios logicamente correlacionados e embasados em raciocínio;
  • expor idéias demasiado abstratas, alheias tanto aos pensamentos, preocupações, conhecimentos ou desejos pessoais do autor da monografia como de sua particular maturidade psicológica e intelectual;
  • manifestar uma erudição livresca, citando frases irrelevantes, não pertinentes e mal-assimiladas, ou desenvolver perífrases sem conteúdo ou distanciadas da particular experiência de cada caso.
a monografia é:
  • um trabalho que observa e acumula observações;
  • organiza essas informações e observações;
  • procura as relações e regularidades que podem haver entre elas;
  • indaga sobre os seus porquês;
  • utiliza de forma inteligente as leituras e experiências para comprovação;
  • comunica aos demais seus resultados.
as afirmações cientificas componentes da monografia:
  • expressam uma descoberta verdadeira;
  • apresentam provas. Para muitos, é a comprovação que distingui o cientifico do que não é. Em conseqüência pode-se afirmar que a maior arte de uma investigação cientifica consiste na procura de provas conclusivas;
  • pretendem ser objetivas, ou seja, independentes do pesquisador que as apresenta: qualquer outro investigador deve poder encontra o mesmo resultado, isto é, verificar as informações ou, com o seu trabalho, refutá-las ou modificá-las;
  • possuem uma formulação geral. A ciência procura, classifica e relaciona fatos ou fenômenos com a intenção de encontrar os princípios gerais que os governam;
  • são, geralmente, sistemáticas, portanto ordenadas segundo princípios lógicos;
  • expõe interpretações e relações entre fatos-fenômenos assim como suas regularidades;
1.2.2 Tipos de Monografias
Os estudantes, ao longo de sua carreira, precisam apresentar uma serie de trabalhos que se diferenciam uns dos outros quanto ao nível de escolaridade e quanto ao conteúdo. Via de regra, para o termino do curso de graduação, os estudantes têm o compromisso de elaborar um trabalho baseado, geralmente, em fontes bibliográficas, que não precisa ser extenso nem mesmo especifico. À medida que ascendem na carreira universitária, esses trabalhos vão exigindo maior embasamento, mais reflexão, mais amplitude e criatividade.
Alguns autores, apesar de darem o nome genérico de monografia a todos os trabalhos científicos, diferenciam uns dos outros de acordo com o nível de pesquisa, a profundidade e a finalidade do estudo, a metodologia utilizada e a originalidade do tema e das conclusões.
Dessa maneira, podem-se distinguir três tipos: monografia, dissertação e tes, que obedecem a esta ordem ascendente, em relação à originalidade, à profundidade e à extensão.
Há os que apresentem outra divisão:
  • Monografias escolares ou trabalhos de caráter didáticos, apresentados ao final de um curso especifico, elaborados por alunos iniciantes na autentica monografia, ou de "iniciação à pesquisa e como preparação de seminários" (Salvador, 1980:32). Também chamados trabalhos de media divulgação, porque baseado em dados de segunda mão.
  • Monografias cientificas. Trabalhos científicos apresentados ao final do curso de mestrado, com o propósito de obter o titulo de mestre.
1.2.3 Escolha do Tema
Na escolha, o estudante poderá tomar a iniciativa, selecionando um assunto ou problema de trabalho, de acordo com suas preferências, evidenciando durante o curso de graduação. Pode aceitar o tema indicado pelo professor ou escolher um tópico, constante de uma relação oferecida pelo orientador, tendo sempre em vista o seu interesse.
O tema geral de estudo também "pode ser sugerido por alguma vantagem prática ou interesse cientifico ou intelectual em benefício dos conhecimentos sobre certa situação particular", afirma Selltiz (1965:33-4)
Escolhido o tema, a primeira coisa a fazer é procurar conhecer o que a ciência atual sabe sobre o mesmo, para não cair no erro de apresentar como novo o que já é conhecido há tempos, de demonstrar o óbvio ou de procurar-se em demasia com detalhes sem grande importância, desnecessários ao estudo.
Este trabalho prévio abrange três aspectos:
  • Orientação geral sobre a matéria que vai ser desenvolvida;
  • Conhecimento da bibliografia pertinente;
  • Reunião, seleção e ordenação do material levantado;
A bibliografia relacionada com o estudo muitas vezes é indicada pelo próprio professor e / ou orientador. Nesse caso, o estudante tem à disposição o material necessário ao seu trabalho.
Outros pontos importantes a serem considerados: relevância do assunto, áreas controvertidas ou obscuras, natureza e extensão da contribuição.
No conhecimento da bibliografia faz-se necessário consultar, ler e fichar os estudos já realizados sobre o tema, com espírito critico, valendo-se da literatura especializada, a partir dos trabalhos mais gerais e indo a seguir para os estudos mais específicos.
Quanto ao assunto escolhido, deve-se ainda observar algumas qualidades importantes.
  • ser proporcional ( em suas partes);
  • ter valor cientifico;
  • não ser extenso demais ou muito restrito;
  • ser claro e bem delineado;
As monografias referentes ao grau de conclusão do estudante universitário não podem ser consideradas verdadeiros trabalhos de pesquisa (para o qual os estudantes não estão ainda capacitados, salvo raras exceções), mas estudos iniciais de pesquisa.
O trabalho de investigação – teórico ou pratico, bibliográfico ou de campo – dá oportunidade ao estudante para explorar determinado tema ou problema, levando-o a um estudo com maior ou menor profundidade e / ou extensão. Possibilita o desenvolvimento de sua capacidade de coletar, organizar e relatar informações obtidas e, mais, de analisar e até de interpretar os dados de maneira lógica e apresentar conclusões.
1.2.4 Problema, Hipóteses e Variáveis
Enquanto o tema de uma pesquisa é uma proposição até certo ponto abrangente, a formulação do problema é mais especifica: indica exatamente qual a dificuldade que se pretende resolver.
"Formular o problema consiste em dizer, de maneira explicita, clara, compreensível e operacional, qual a dificuldade com a qual nos defrontamos e que pretendemos resolver, limitando seu campo e apresentando suas características. Desta forma, o objetivo da formulação do problema da pesquisa é torná-lo individualizado, especifico, inconfundível" (Rudio, 1978:75).
O problema, antes de ser considerado apropriado, deve ser analisado sobre o aspecto de sua valorização:
  • Viabilidade. Pode ser eficazmente resolvido, por meio da pesquisa;
  • Relevância. Deve ser capaz de trazer conhecimentos novos;
  • Novidade. Estar adequado ao estagio atual da evolução cientifica e trazer novo enfoque e / ou soluções;
  • Exeqüibilidade. Pode chegar a uma conclusão valida;
  • Oportunidade. Atender a interesses particulares e gerais.
Uma vez formulado o problema, com a certeza de ser cientificamente valido, propõe-se uma resposta "suposta, provável e provisória", isto é, uma hipótese. Ambos, problemas e hipóteses são enunciados de relação entre vareaveis (fatos, fenômenos), a diferença reside em que o problema se constitui em sentença interrogativa e a hipótese, em sentença afirmativa mais especifica.
A hipótese é um enunciado geral de relações entre vareaveis (fatos, fenômenos), formulando com solução provisória para determinado problema, apresentando caráter explicativo ou preditivo, compatível com o conhecimento cientifico (coerência externa) e revelando consistência lógica (concorrência interna), sendo possível de verificação empírica em suas conseqüências.
Uma variável pode ser considerada uma classificação ou medida; uma quantidade que varia; um conceito, constructo ou conceito operacional, que contem ou apresenta valores; aspectos, propriedade ou fator, discernível em um objeto de estudo e passível de mensuração. Os valores que são adicionados ao conceito, constructo ou conceito operacional, para transformá-lo em vareavel, podem ser quantidades, qualidades, características, magnitude, traços etc., que se alteram em cada caso particular e são totalmente abrangentes e mutuamente exclusivos. Por sua vez, o conceito operacional pode ser um objeto, processo, agente, fenômeno, problema etc.
Um estudo deve ter pelo menos duas vareaveis: independente e dependente. Para analise dos tipos e relações entre vareaveis.
Exemplo:
Tema: o artesanato na região de franca.
Problema: continua o artesanato uma atividade tradicional, transmitida de geração em geração, ou configura-se como opção para a mão-de-obra ociosa?
Hipótese: o artesanato é uma atividade complementar que tende a uma diminuição, em fase da concorrência dos produtos industrializados.
Variáveis: X (variável independente) – concorrência dos produtos industrializados.
Y1 (primeira variável dependente) – diminuição da atividade de artesanato.
Y2 ( segunda variável dependente) – transformação do artesanato em atividade complementar.
1.2.5 Esquema
A elaboração do plano de trabalho (esquema) obedece à estrutura comum dos trabalhos científicos. As partes componentes, como foi explicitado ao tratar da monografia, englobam:
Introdução. Consiste na formulação do tema, delimitação no tempo e no espaço,objeto, objetivos, justificativa, metodologia e referencia teórica;
Desenvolvimento. Corpo da dissertação. Inclui: revisão da literatura; formulação do problema, hipótese e variáveis, pressupostos teóricos; descrição dos métodos e técnicas da pesquisa; explicitação dos conceitos; analise e interpretação dos dados.
A disposição do corpo da dissertação faz-se em três estágios: explicação, discussão e demonstração.
O desenvolvimento é subdividido em partes ou capítulos.
Conclusões. Apresentação dos principais resultados obtidos, vinculados à hipótese de investigação, cujo conteúdo foi comprovado ou refutado.
1.2. Avaliação Metodológica do Trabalho
Realizado o primeiro esquema, revê-se cuidadosamente, utilizando as seguintes indagações:
  • a hipótese está explicita?
  • apresentam-se os antecedentes de observação e leitura que conduziram à hipótese?
  • Os problemas e hipóteses foram propostos em termos científicos?
  • O plano de pesquisa foi apresentado em pormenores, de modo que sua lógica seja aparente?
  • As varias subproposições foram derivadas e relacionadas com as observações contidas no trabalho?
  • O corpo do trabalho realmente resume e indicanova pesquisa?
1.3 As Etapas da Elaboração
Nesta primeira etapa, escolhe-se e determina-se o assunto sobre o qual estudará o trabalho. Ainda quando o tema é proposto pelo professor, cabe ao aluno delimitar,com precisão, o tema indicado, ou seja, é preciso distingui-lo de temas afins, tendo presente o domínio sobre o qual vai trabalhar.durante o estudo do tema delimitado pode ocorrer alguma alteração desta primeira delimitação, mas, ainda que isso seja freqüente, é necessário que o aluno inicie seu trabalho de posse de um tema bem definido.
Mais do que o objeto em si do trabalho, é importante a perspectiva sobre a qual é tratado. Assim, uma coisa é escrever sobre a liberdade em geral, outra sobre a liberdade psicológica, outra sobre a liberdade política. O conteúdo do objeto de estudo pode ser o mesmo, mas as perspectivas sobre as quais se faz este estudo é o que determina o desenvolvimento do trabalho. Outras vezes o tema deve ser colocado numa estrutura de relações, pois o objeto é estudado em relação ao outro, importando mais esta relação do que os seus termos.
Finalmente, tratando-se de trabalhos acadêmicos, com finalidades didáticas e preliminares, o tema escolhido ou delimitado deve deixar margem para a pesquisa positiva, bibliográfica ou de campo, com a necessária aprendizagem desses métodos de pesquisa, não sendo, portanto, o trabalho uma pura criação mental do aluno. Por isso, escolhe-se um tema já abordado por outros, anteriormente, embora de outras perspectivas, para que haja obras a respeito dele, podendo o aluno pesquisar e consultar documentação para a realização do seu trabalho.
Por outro lado, a visão clara do tema do trabalho, do assunto a ser trabalhado, a partir de determinada perspectiva, deve completar-se com sua colocação em termos de problemas. O raciocínio - parte essencial de trabalho não se desencadeia quando se estabelece devidamente um problema. Em outra palavras, o tema deve ser problematizado. Toda argumentação, todo raciocínio desenvolvido num trabalho logicamente constituído é uma demonstração que visa solucionar determinado problema. A gênese desta problemática dar-se-á pela reflexão surgida por ocasião das leituras, dos debates, das experiências, da aprendizagem, enfim da vivencia intelectual no meio do estudo universitário e no ambiente cientifico e cultural.
Portanto, antes da elaboração do trabalho, é preciso ter idéia clara do problema a ser resolvido, da duvida a ser superada. Exigi-se consciência da problemática especifica relacionada com o tema abordado de determinada perspectiva, cuja natureza especificará o tipo e o método de pesquisa e de reflexão a ser utilizado no decorrer do trabalho.
A colocação clara do problema desencadeia a formulação da hipótese geral a ser comprovada no decorrer do raciocínio. Quando o autor se define afinal por uma solução que pretende demonstrar no curso do trabalho, pode-se então falar de tese ou de idéia central de seu trabalho.
O trabalho tem por objetivo ultimo transmitir uma mensagem, comunicar o resultado final de uma pesquisa e de uma reflexão. Por isso, deve demonstrar uma única idéia, comprovar uma única hipótese, defender uma única tese, assumindo uma posição única relacionada com o problema especifico levantado pela consideração do tema. Assim, a decisão, a opção por determinada posição, é posterior à discussão de possíveis alternativas.
De qualquer modo, exige-se uma idéia daquilo que se pretende dizer a respeito do assunto escolhido e que se apresenta como uma tomada de posição sobre o tema-problema. Este adquire então a forma lógica de tese, de idéia central, ou seja, de proposição portadora de mensagem principal do trabalho que devera ser demonstrada logicamente através do raciocínio. Todo discurso cientifico pretende demonstrar uma posição a respeito do tema problematizado.
Ainda no âmbito dos trabalhos didáticos, o tema, o problema e a tese devem ser determinados a partir de um texto. Neste caso, a etapa de delimitação temática é feita a partir de uma leitura analítica do mesmo.
Distingui-se três fases no amadurecimento de um trabalho: há o momento de invenção, da intuição, da descoberta, da formulação de hipóteses, fase eminentemente lógica em que o pensamento é provocador, o espírito é atuante; logo após parte-se para pesquisa positiva, seja experimental, seja de campo ou bibliográfica. Nesta etapa, o espírito é posto diante dos fatos, de outras idéias; há a oportunidade de compara as primeiras intuições com as intuições alheias ou com os fatos objetivos. Do confronto nasci uma posição amadurecida. Abandona-se algumas idéias, acrescentam-se outras novas, reformulam-se outras. Isso quer dizer que a primeira formulação não é necessariamente definitiva: inicialmente, do ponto de vista lógico, será tão-somente provisória. Já na terceira etapa, ou seja, no momento em que, amadurecida uma posição, se parte para a composição do trabalho, então é preciso estar de posse de umas formulações definitivas, que poderá confirmar a primeira ou modificá-la.
1.4 Levantamento Bibliográfico
Estabelecido e delimitado o tema do trabalho e formulado o problema e hipótese, o próximo passo é o levantamento com documentação existente sobre o assunto. Já uma fase heurística, ciência, técnica e arte de pesquisa de documentos. Desencadeia-se uma serie de procedimentos para a localização e busca metódica dos documentos que possam interessar ao tema discutido.
Tais documentos se definem pela natureza dos temas estudados e pelas áreas em que os trabalhos se situam. Tratando-se de trabalhos no âmbito da reflexão teórica, tais documentos são basicamente textos: livro, artigos etc.
A bibliografia com técnica tem por objetivo a descrição e a classificação dos livros e documentos similares, segundo critérios, tais como autor, gênero literário, conteúdo temático, data etc. dessa técnica resultam repertorio, boletins, catálogos bibliográficos. E é a eles que se deve recorrer quando se visa elaborar a bibliografia especial referente a tema do trabalho. Fala-se de bibliografia especial porque a escolha das obras deve ser criteriosa, retendo apenas aquelas que interessem especificamente ao assunto do trabalho.
Os repertórios, os boletins e os catálogos são obras especializadas no levantamento das publicações, indistintamente da todas as áreas ou restritas a áreas determinadas. Assim, existem repertórios de filosofia que só assinalam obras referentes a filosofia. O mesmo acontece com as demais áreas do saber.
1.5 Leitura e Documentação
Terminado o levantamento bibliográfico, é chegado o momento de iniciar o trabalho da pesquisa propriamente dita, o momento da leitura e da documentação.
1.5.1 O Plano Provisório do Trabalho
Antes de começar a leitura, o aluno elabora um roteiro de seu trabalho. Trata-se de uma primeira estruturação do trabalho, baseada em grandes idéias oriundas dos vários aspectos que pode ter um problema referente ao assunto estudado. São essas idéias que nortearão a leitura e a pesquisa que se iniciam. Essa etapa é fundamental, pois que sem uma idéia-diretriz na mente a leitura e a documentação não serão suficientemente fecundadas. Antes, pois, de começar a ler a bibliografia, tenham-se presentes na mente as grandes linhas que serão as colunas mestras do trabalho. Essas idéias são percebidas intuitivamente pelo aluno ou são frutos da sugestão do próprio problema levantado pela tese ou ainda de alguma insinuação de estudos anteriores. Essas idéias exercem o papel de chamariz,são elas que mostram nos textos lidos aqueles elementos que devem ser retirados para futuro aproveitamento na composição do trabalho.
Esse roteiro provisório será reformulado no decorrer do trabalho. Novas idéias surgirão, exigidas pelas primeiras, outras perderão o valor. O plano definitivo só será estabelecido no final da pesquisa positiva.
1.5.2 A Leitura de Documentação
De posse de um roteiro de idéias, parte-se para a analise dos documentos em busca dos elementos que se revelem importantes para o trabalho.
A primeira medida, no entanto, é operar uma triagem em todo o material recolhido durante a elaboração da bibliografia. Nem tudo será necessariamente lido, pois nem tudo interessará devidamente ao tema a ser estudado. Os documentos que se revelarem pouco pertinente ao tema serão deixados de lado. Para presidir a essa triagem, utilizem-se as resenhas, que permitem avaliar a utilidade do documento em questão. Na falta delas, além da opinião de especialistas, o melhor caminho tomar contato direto com a obra, lendo seu sumario, o prefacio, a introdução, as "orelhas", assim como algumas passagens do seu texto, até o momento em que se possa ter dela uma opinião.
Uma vez definidos os documentos a serem pesquisados, procede-se à leitura combinando o critério de atualidade com o critério da generalidade para o estabelecimento da ordem de leitura. Inicia-se pelos textos mais recentes, e mais gerais, indo para os mais antigos e mais particulares. As obras mais recentes geralmente retomam as contribuições significativas do passado, dispensando assim uma volta a textos superados. Observar, contudo, que obras clássicas dificilmente perdem seu valor de atualidade. Já na questão a generalidade, atentar para as condições de quem está fazendo o trabalho, levando em conta o nível em que se encontra, a dificuldade do tema, a familiaridade do autor com o assunto e com a área em que é tratado. Feitas essas ressalvas, a ordem lógica é partir das obras gerais-enciclopédias, dicionários, tratados etc., chegando as monografias especializadas e aos artigos de revista, muito importantes devido a sua atualidade.
A essa altura dá-se início á leitura. Note-se, contudo, que já não se trata de uma leitura analítica desses documentos em vista da reconstituição do processo de raciocínio do autor. Mesmo quando a leitura integral do texto se fizer necessária, ela será feita tendo em vista o aproveitamento direto apenas daqueles elementos que sirvam para articular as idéias do novo raciocínio que se desenvolve. Os elementos a serem recolhidos visam reforçar, apoiar e justificar as idéias pessoais formuladas pelo autor do trabalho. Esses elementos retirados das várias fontes dão às várias afirmações do autor, além do material sobre o qual se trabalha, a garantia de maior objetividade fundada no testemunho e na verificação de outros pensadores.
1.5.3 A Documentação
À medida que se procede à leitura e que elementos importantes vão surgindo, faz-se a documentação. Trata-se de tomar nota de todos os elementos que serão utilizados na elaboração do trabalho científico.
Quando se fala aqui de documentação, refere-se à tomada de apontamentos durante a leitura de consulta e pesquisa. Esses apontamentos servem de matéria-prima para o trabalho e funcionam como o primeiro estágio de rascunho. É desaconselhável tomar notas em cadernos, de maneira seqüencial, assim como também não é prático assinalar no próprio texto as passagens importantes que eventualmente serão aproveitadas através de citações na redação final do trabalho. Essa técnica, se tiver alguma utilidade, só a terá para a leitura analítica.
Os elementos julgados válidos devem ser transcritos nas fichas de documentação. Mas o quê exatamente e como se deve transcrever na ficha de documentação? Passa-se para a ficha alguma passagem completa do texto que se lê, caso em que se deve transcrever ao pé da letra, colocando-se tudo entre aspas e citando a fonte; em outros casos apenas síntese das idéias em questão; nesta hipótese, as aspas são dispensadas, mas mantém-se a citação da fonte. Conforme o hábito pessoal, a transcrição nas fichas será feita interrompendo-se a leitura (o que é mais aconselhável) ou, então, primeiramente será feita uma leitura completa do texto pesquisado, assimilando-se levemente as passagens importantes, transcrevendo-as a seguir.
As fichas de documentação contêm, além do corpo da citação e referências indicadoras da fonte, um título e um subtítulo que permitem identificá-las. Esses títulos, colocados no alto à direita, são definidos pelas idéias diretrizes do roteiro provisório. Igualmente, quando surge uma idéia nova, um aspecto até então despercebido, lança-se um novo título nas fichas de documentação e o material passa a fazer parte do plano de trabalho.
A técnica da documentação em fichas tem, do ponto de vista didático, no contexto universitário brasileiro, a vantagem de permitir eficiência no trabalho em equipe, garantindo a participação complementar de todos os membros do grupo. Com efeito, parte-se de um roteiro comum e os integrantes da equipe pesquisam isoladamente, cada um lendo e documentando textos diferentes. No fim das pesquisas, as fichas de fontes diferentes são agrupadas conforme os temas definidos pelos títulos e subtítulos, faltando apenas a construção posterior do trabalho. As fichas são redistribuídas de acordo com os vários momentos do trabalho, cabendo a cada participante da equipe compor uma parte do trabalho.
Durante a pesquisa, ou em outras circunstâncias da vivência intelectual, o leitor sempre pode ter idéias próprias sobre algum dos tópicos que está discutindo. As fichas de documentação servem também para registrar essas idéias que, se não forem logo gravadas, acabam perdendo-se. Enfim, nesta fase do trabalho, tudo o que interessar ao mesmo deverá ser transposto para as fichas que formarão o acervo do material com o qual se trabalhará na construção formal do novo texto.
1.6 A Construção lógica do Trabalho
Construção lógica ou síntese é a coordenação inteligente das idéias conforme as exigências racionais da sistematização própria do trabalho. Pode acontcer que, devido a desdobramentos ocorridos durante a pesquisa, se faça necessária uma reformulação do roteiro provisório para o estabelecimento do plano definitivo.
A ordem lógica do pensamento de quem escreve pode não coincidir com a ordem de descoberta e de intuição ao autor. Isso é normal, já que o pensamento expresso não pode perder de vista a finalidade que tem de comunicar ao leitor essas descobertas. Por isso, o que interessa antes de tudo é a inteligibilidade do texto.
A construção lógica do trabalho é o arranjo encadeado dos raciocínios utilizados para a demonstração da hipótese formulada no início. Naturalmente, esses raciocínios, em trabalhos que comportem elementos de pesquisa positiva da bibliografia, como na maioria dos trabalhos acadêmicos, são formados a partir dos dados colhidos nas fontes consultadas e a partir das idéias descobertas pela reflexão do autor.
No trabalho científico, seja ele uma tese, um texto didático, um artigo ou uma simples resenha deve constituir uma totalidade de inteligibilidade, estruturalmente orgânica , deve formar uma unidade com sentido intrínseco e autônomo para o leitor que não participou de sua elaboração, que internamente as partes se concatenem logicamente.
Concretamente, isso quer dizer que as partes do trabalho, seus capítulos e, no interior deles, os parágrafos devem ter uma seqüência lógica rigorosa determinada pela estrutura do discurso. Não basta que as proposições tenham sentido em si mesmas: é necessário que o sentido esteja logicamente inserido no contexto do discurso da redação.
Do ponto de vista a estrutura formal, o trabalho tem três partes fundamentais: a introdução, o desenvolvimento e a conclusão. É dentro desta estrutura que se desenvolverá o raciocínio demonstrativo do discurso em questão.
A introdução, quando for o caso, levanta o estado da questão, mostrando o que já foi escrito a respeito do tema e assinalado a relevância e o interesse do trabalho. Em todos os casos, manifesta as intenções do autos e os objetivos do trabalho, enunciando seu tema, seu problema, sua tese e os procedimentos que serão adotados para o desenvolvimento do raciocínio. Encerra-se com uma justificação do plano do trabalho. Lendo a introdução, o leitor deve sentir-se esclarecido a respeito do teor da problematização do tema do trabalho, assim como a respeito da natureza do raciocínio a ser desenvolvido. Evitem-se intermináveis retrospectos históricos, apresentação precipitada dos resultados, os discursos grandeloquentes. Deve ser sistemática e versa única e exclusivamente sobre a temática intrínseca do trabalho. Note-se que é a última parte do trabalho a ser escrita.
O desenvolvimento correspondente ao corpo do trabalho e será estruturado conforme as necessidades do plano definitivo da obra. As subdivisões dos tópicos do plano lógico, os itens, seções, capítulos e etc. Surgem da exigência da logicidade e da necessidade de clareza e não de um critério puramente espencial. Não basta enumerar simetricamente os vários itens: é preciso que haja subtítulos portadores de sentido. Em trabalhos científicos, todos os títulos de capítulos ou de outros itens devem ser temáticos e expressivos, ou seja, devem dar a idéia exata do conteúdo do setor que intitulam.
A fase de fundamentação lógica do tema deve ser exposta e provada; a reconstrução racional tem por objetivo explicar, discutir e demonstrar. Explicar é tornar evidente o que estava implícito, obscuro ou complexo; é descrever classificar e definir. Discutir é comparar as várias posições que se entrechocam dialeticamente. Demonstrar é aplicar a argumentação apropriada a natureza do trabalho. É partir de verdades garantidas para novas verdades.
A conclusão é a síntese para qual caminho o trabalho, será breve e visara recapitular sinteticamente os resultados da pesquisa elaborada até então. Se o trabalho visar resolver uma tese-problema e se, para tal, o autor desenvolver uma ou varias hipóteses, através do raciocínio, a conclusão aparecera como um balanço do empreendimento. O autor manifestará seu ponto de vista sobre os resultados obtidos, sobre o alcance dos mesmos.
Quando o trabalho é essencial analítico e comporta uma pesquisa positiva sobre o pensamento de outros autores, esta conclusão pode ser fundamentalmente critica. Quando, porém, a critica é mais desenvolvida, entrará no carpo do trabalho como um capitulo.
1.6.1 Estrutura das Monografias
a estrutura das monografias e trabalhos científicos acadêmicos, composta de elementos obrigatórios e elementos opcionais, conforme as exigências inerentes à natureza da atividade desenvolvida, pode ser esquematizada como segue:
1.6.2 Elementos do Pré-texto
Capa
Capa é a proteção externa do trabalho, sobre a qual se imprimem as informações indispensáveis à sua identificação:
  • Nome do autor ou instituição jurídica responsável;
  • Titulo do trabalho;
  • Instituição à qual é submetido;
  • Local e ano.
Ver anexo
Pagina de Rosto
É a folha que apresenta os elementos essenciais à identificação do trabalho. Deve conter:
  • Nome do autor;
  • Titulo do trabalho;
  • Grau pretendido;
  • Nome da instituição a que é submetido;
  • Área de concentração;
  • Nome do orientador;
  • Números de volumes, se houver mais de um;
  • Local (cidade);
  • Ano
Ver anexo
Ficha Catalográfica
O verso da pagina de rosto deve conter a ficha catalográfica do trabalho.
Frases ou pensamentos
Pagina opcional, na qual o autor dedica sua obra ou inclui um pensamento ou citação. A dedicatória ou pensamento deve figurar à direita na parte inferior da folha.
Agradecimentos
Pagina opcional em que são registrados agradecimentos ao orientador, instituições ou pessoas que cooperaram com o autor. Recomenda-se restringi-los ao absolutamente necessário.
Sumário
É a relação das principais seções do trabalho, na ordem em que se sucedem no texto e com indicação da página inicial. As seções do trabalho devem ser numeradas, em algarismos arábicos. Elementos como listas de figuras, tabelas, abreviaturas, símbolos, resumos e apêndices não devem ser numerados.
É aconselhável o uso do sistema de numeração progressiva para nomerar as divisões e subdivisões do trabalho, conforme norma da Associação Brasileira de Normas Técnicas ABNT NBR-6022 – Numeração progressiva das seções de um documento. Devem ser empregados, no Maximo, cinco seções e seis algarismos.
Havendo mais de um volume, em cada um deve constar o sumário completo do trabalho.
O sumário deve figurar logo após a dedicatória e / ou agradecimentos, se houver com o titulo centralizado, em letras maiúsculas e sem pontuação. A apresentação tipográfica das divisões e subdivisões no sumario deve ser idêntica à do texto.
Listas
São itens opcionais, que relacionam elementos selecionados do texto, na ordem da ocorrência, com a respectiva indicação de paginas.
Lista de figuras (estampas, fotografias, gráficos, laminas, mapas etc.)
Esta lista deve ser elaborada quando houver um numero considerável de figuras. Pode haver uma lista única para todos os tipos de ilustrações ou uma lista para cada tipo.
As listas devem apresentar: o numero de figuras, sua legenda e a pagina onde se encontra.
Listas de tabelas
Esta lista deve ser elaborada quando houver um numero considerável de tabelas. Nesta lista devem ser relacionadas na ordem em que aparecem no texto, com indicação de seu numero de figura, sua legenda e a página onde se encontra.
Lista de abreviatura ou siglas
Relacionar as abreviaturas ou siglas utilizadas no texto, em ordem alfabética, seguidas de seus respectivos significados, de acordo com as recomendações da ABNT – NB-14.01.05.001 e International Organization for Standardization – ISO 832-1975.
Lista de símbolos
Relacionar os símbolos utilizados na ordem em que aparecem no texto, acompanhados de seus respectivos significados, segundo recomendações da ISO e da ABNT ou de órgãos normativos ou científicos de competência da área.
1.7 A Redação do Texto
A fase da redução consiste na expressão literária do raciocínio desenvolvido no trabalho. Guiando-se pelas exigências próprias da construção lógica, o autor redige o texto, confrontando as fichas de documentação, criando o texto redacional em que vão inserir-se. Uma vez de posse do encadeamento lógico do pensamento, esse trabalho é apenas uma questão de comunicação literária.
Recomenda-se que a montagem do trabalho seja feita através de uma primeira redação de rascunho. Terminada a primeira composição, sua leitura completa permitira uma visão adequada do todo e a correção de possíveis falhas lógicas ou redacionais. Apesar da clareza e eficiência que o método de fichas possibilita para a redação do trabalho, muitos aspectos desnecessários acabam sobrando no mesmo e só depois de leitura atenta podem ser eliminados.
Em trabalhos científicos, impõem-se um estilo sóbrio e preciso, importando mais a clareza do que qualquer outra característica estilística. A terminologia técnica só será usada quando necessária ou em trabalhos especializados, nível em que já se tornou terminologia básica. De qualquer modo, é preciso que o leitor entenda o raciocínio e as idéias do autor sem ser impedido por uma linguagem hermética ou esotérica. Igualmente evitem-se a pomposidade pretensiosa. O estilo do texto do será determinado pela natureza do raciocínio especifico às varias áreas do saber em que se situa o trabalho.
A redação do trabalho cientifico consiste na expressão, por escrito, dos resultados da investigação. Trata-se de exposição bem fundamentada do material coletado, estruturado, analisado e elaborado de forma objetiva, clara e precisa.
Há três tipos de redação, segundo Salvador (1980:192):
  • Coloquial: informal, popular;
  • Literária: estética, elegante;
  • Técnica: cognoscitiva e racional.
O trabalho cientifico utiliza linguagem técnica (acadêmica e didática), cuja finalidade é transmitir conhecimento.
A linguagem cientifica deve, portanto, ser a mais didática possível. Requer linguagem perfeita em relação asa regras gramaticais, evitando não só o vocabulário popular, vulgar, mas também o pomposo. Se uma das finalidades é a objetividade, o trabalho cientifico deve ter caráter impessoal.
1.7.1 Regras para Redação
para conseguir uma boa redação do trabalho cientifico devem-se observar as seguintes normas:
  • saber o que vai escrever, para quê ou quem;
  • escrever sobre o que conhece;
  • concatenar as idéias de maneira lógica;
  • respeitar as regras gramaticais;
  • evitar argumentações demasiadamente abstrata;
  • usar vocabulário técnico quando estritamente necessário;
  • evitar a repetição de detalhes supérfluos;
  • manter a unidade e o equilíbrio das partes;
  • rever o que escreveu.
1.7.2 Estilo
Embora cada pessoa tenha um estilo próprio, devem-se observar os seguintes aspectos na redação de um trabalho cientifico:
  • clareza e objetividade;
  • linguagem direta, precisa e acessível;
  • frases curtas e concisas;
  • simplicidade, evitando estilo prolixo, retórico ou confuso.
1.7.3 A Construção do Parágrafo
Do ponto de vista da redação de texto, é importante ressaltar a questão da construção do parágrafo. O parágrafo é uma parte do texto que tem por finalidade expressar as etapas do raciocínio. Por isso, a seqüência dos parágrafos, o seu tamanho e a sua complexidade dependem da própria natureza do raciocínio desenvolvido. Duas tendências são incorretas: ou o excesso de parágrafos - praticamente toda frase é tida como um novo parágrafo – ou a ausência de parágrafos. Como a paragrafação representa, ao nível do texto, as articulações do raciocínio, percebe-se então a insegurança de quem escreve. Neste caso, é como se as idéias e as proposições a ela correspondentes tivessem as mesmas funções, a mesma relevância no desenvolvimento do discurso e como se este não tivesse articulações.
A mudança de parágrafo toda vez que se avança na seqüência do raciocínio marca o fim de uma etapa e o começo de outra.
A estrutura do parágrafo representa a estrutura do próprio trabalho; constitui-se de uma introdução, de um corpo e de uma conclusão.
Na introdução, anuncia-se o que se pretende dizer; no corpo desenvolve-se a idéia anunciada; na conclusão, resume-se ou sintetiza-se o que se conseguiu.
Dependendo da natureza do texto e do raciocínio que lhe é subjacente, o parágrafo representa a exposição de um raciocínio comum, ou seja, comporta premissas e conclusão.
Portanto, a articulação de texto em parágrafos esta intimamente vinculada à estrutura lógica do raciocínio desenvolvido. É por isso mesmo que, na maioria das vezes, esses parágrafos são iniciados com conjunções que indicam as varias formas de se passar de uma etapa lógica à outra.
1.7.4 Conclusão
As conclusões e descobertas do autor e devem ser apresentadas de maneira lógica, clara e concisa, fundamentalmente nos resultados e na discussão anteriormente abordada.
O autor deve reafirmar de maneira sintética a idéia principal e os pormenores importantes do corpo do trabalho, respondendo à indagação levantada e aos objetivos do trabalho.
1.8 Elementos do Pós-Texto (Bibliografias e Referencias Bibliográfica)
Incluem-se aqui os anexos, as referencias bibliográficas e apêndices.
Anexos
São suportes elucidativos indispensáveis à compreensão do texto. São partes integrantes do trabalho e sua paginação deve ser continua à do texto principal.
Os anexos devem figurar após o texto das referencias bibliográficas, devido à dificuldade de sua colocação no próprio texto.
No caso da existência da mais de um anexo, a sua identificação deve ser feita por letras maiúsculas.
Exemplos:
Anexo A - ...
Anexo B - ...
Referencias bibliográfica: regras gerais
As referencias bibliográficas reúnem um conjunto de informações precisas e minuciosas que permitem a identificação do documento no todo ou em parte. A ordenação das referencias bibliográficas deve obedecer ao sistema de chamada adotada no texto.
Toda referencia bibliográfica deve ser normalizada conforme recomendada no trabalho do grupo de estudo do SIBI sobre referencias bibliográficas, fundamentado na norma da ABNT NBR-6023.
Devem constar desta lista apenas trabalhos consultados e mencionados no texto. Os trabalhos não publicados só devem ser incluídos se já aceitos para publicação. Informações obtidas indiretamente (apud fulano) não devem ser incluídas.
Outras publicações, não mencionadas no texto, devem ser relacionadas após as referencias bibliográficas sob o titulo de Bibliografia Recomendada.
Apêndices
São suportes elucidativos e ilustrativos, mas não essenciais à compreensão do texto. Têm o mesmo papel das notas explicativas de rodapés, incluindo informações não necessárias ao texto (copia de documentos inacessíveis ao leitormateriais documentais, ilustrativos etc.).
Os apêndices não são partes integrantes do trabalho. Portanto, não possuem paginação continua à do texto. Podem, contudo, apresentar paginação própria.
Havendo mais de um apêndice, sua identificação deve ser seqüencial, com algarismos romanos ou letras maiúsculas.
Exemplo:
Apêndice I - ... ou Apêndice A - ...
Apêndice II - ... ou Apêndice B - ...
1.8.1 Apresentação de Dados Complementares
O texto pode ser complementado, quando necessário, por:
  • Equações e formulas;
  • Tabelas – para dados numéricos;
  • Figuras – para ilustrçoes;
  • Citações – para trabalhos consultados;
  • Notas de rodapés – para citar informações ou referir-se a trabalhos consultados.
Equações e fórmulas
Devem aparecer bem destacadas do texto de modo a facilitar a leitura.caso seja necessário fragmentá-las em mais de uma linha, por falta de espaço,devem ser interrompidas antes do sinal de igualdade ou depois dos sinais de adição, subtração, multiplicação e divisão.
Quando houver varias equações e formulas, devem ser identificadas por números consecutivos, colocados entre parênteses, na margem direita da linha.
Exemplos:
N1 b1 = n2b2 = n3b3
Figuras e Tabelas: regras gerais
As figuras e tabelas devem aparecer rao perto quanto possível do lugar em que são mencionadas, obedecendo à apresentação tipográfica recomendada pela norma ABNT NBR-6022 – apresentação de artigos de periódicos.
Caso acarretem interrupções à seqüência do texto, as figuras e tabelas podem ser apresentadas em forma de anexos.
a) figuras
as figuras ou ilustrações compreendem gráficos, desenhos, mapas,fotografias, lâminas, ou outras formas pictográficas necessárias à complementação e melhor visualização do texto.
Devem ser designadas como figuras e numeradas consecutivamente com algarismos arábicos. Pode haver uma única lista para todos os tipos de figuras ou uma lista para cada tipo. Neste ultimo caso, se necessário, pode-se atribuir designação e numeração individualizada.
Exemplo:
Em uma tese da área química – Lâm. 1, Lâm. 2
Alguns autores vinculam a numeração das figuras aos capítulos correspondentes.
Exemplos:
Fig. 3.2 indica a figura numero 2 do capitulo 3.
As legendas devem ser breves e claras, dispostas a baixo da moldura, no sentido horizontal, seguida de fig. E numero de ordem. No caso da figura ocupar toda a pagina, a legenda deve ser colocada na pagina oposta.
b) Tabelas
As tabelas devem ser apresentadas de forma clara e precisa. Tem a finalidade de sintetizar as observações e facilitar a leitura e compreensão do texto.
Devem ser designadas como tabelas e numeradas consecutivamente com algarismos arábicos. Alguns autores vinculam a numeração das tabelas aos capítulos correspondentes.
É recomendável que na elaboração das tabelas sejam observados o seguinte procedimento:
  • Facilitar a comparação de dados, aproximando as colunas comparadas, quando for o caso;
  • Cuidar para que a tabela seja alto explicativa;
  • Escrever o titulo de forma a ser o mais completo possível, com contribuições claras e precisas de seu conteúdo;
  • Indicar a fonte de onde foram tirados os dados, quando for o caso.
Citações: regras gerais
O autor pode utilizar este recurso para mencionar as fontes das informações obtidas e indicar, no texto, a documentação que serviu de base à pesquisa. A citação pode ser direta, indireta ou citação de citação.
a) citação direta ou transcrição – é a transcrição exata de palavras ou trechos de um autor, respeitando-se rigorosamente a redação, ortografia e pontuação.
A reprodução de texto deve aparecer, sempre, entre aspas duplas, mesmo que compreenda mais de um parágrafo. Quando a citação textual já apresentar palavras entre aspas, estas devem ser transformadas em apóstrofos ou aspas simples, ou seja: ‘ . . . ‘
Exemplo:
"As citações são os elementos retirados dos documentos pesquisados durante a leitura da documentação e que se revelaram úteis para corroborar as idéias desenvolvidas pelo autor no decorrer do seu raciocínio" ( Severino, 1984, p. 126)
a) citação indireta – é a transcrição não lateral das palavras de um autor, em que se reproduz fielmente conteúdo e idéias do documento original, e dispensa o uso de aspas duplas.
Exemplo:
Segundo Severino, (1984), citações são elementos extraídos do material consultado, que denotaram importância para o desenvolvimento do trabalho do autor.
b) citação de citação – é a menção do documento ao qual se teve acesso direto. No texto deve ser indicado o sobrenome do(s) autor(es) do trabalho original, não consultando, seguido da preposição latina "apud" e do sobrenome do(s) autor(es) da obra consultada, de acordo com o sistema de chamada escolhido.
Exemplo:
CARRARO, et al. (1963) apud SALGADO(1967)
CARRARO apud salgado
CARRARO apud SALGADO
Nas referencias bibliográficas mencionam-se apenas os autores efetivamente consultados.
Deve ser feita de acordo com o sistema de chamada escolhido, observando os seguintes critérios:
a) Um autor – sobrenome do autor em maiúscula.
Exemplo: HERZ (1977) sugeriu que ...
b) Dois autores – sobrenome dos autores em maiúsculas, separadas por ponto ou virgula.
Exemplo: MELCHER; COUTINHO (1966) apresentem ...
c) Mais de dois autores – sobrenome do primeiro autor em maiúscula, seguido da expressão et al.
Exemplo: AMARAL et al. (1967) que realizaram ...
d) Entidades – quando uma entidade é responsável por um trabalho, é tratada como um autor. Pode ser tratada no texto pela respectiva sigla, desde que seja mencionada por extenso na primeira vez em que for citada.
Exemplo: AMERICAN SOCIETY OF MECHANICAL ENGINEERS (ASME) 1983 apresentou ...
e) Nome do evento – deve ser usado no caso de eventos considerados no todo.
Exemplo: No SIMPOSIO EPUSP DE CARACTERIZAÇAO TECNOLOGICA (1990)...
No SIMPOSIO INTERNACIONAL CIB W62 SOBRE INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS ... (1987)
f) Citações pelo titulo – deve ser usado no caso de obras de autorias múltiplas. Se o titulo for muito extenso, pode ser reduzido utilizando-se reticências após as cinco primeiras palavras.
Exemplo:
De acordo com a ENCICLOPEDIA de tecnologia (1972)
Conforme o MANUAL do meio ambiente / sistema de licenciamento ... (1979)
g) Citação de informação – obtidas por intermédio de canais informais (anotações de aula, correspondência pessoal, comunicação pessoal, eventos não impressos etc.) deve ser mencionada em notas de rodapé e não deve ser incluída na lista de referencias bibliográficas.
Sistema de chamada
O método escolhido para identificação das citações deve ser observado ao longo de todo trabalho. O sistema pode ser alfabético, numérico ou alfanumérico.
Sistema alfabético (autor-data)
a) As citações no texto devem ser indicadas pelo sobrenome do autor, seguido da data de publicação do trabalho;
b) As citações de diversos trabalhos de um mesmo autor, em um mesmo ano, devem ser diferenciadas pelo acréscimo de letras minúsculas após a data, sem espacejamento, tanto no texto como na referencia bibliográfica.
Exemplo:
CARRARO (1967a) ou (CARRARO, 1967a)
CARRARO (1967b) ou (CARRARO,1967b)
c) quando houver coincidências de autores com o mesmo sobrenome e mesma data, acrescentar as iniciais dos nomes.
Exemplo:
BRINATI, H.L. (1979)
BRINATI,M.A. (1979)
d) vários trabalhos de diferentes autores, quando citados em blocos, devem ser ordenados alfabeticamente pelo sobrenome, ou, ainda, em ordem cronológica. O critério adotado deve ser seguido uniformemente por todo o texto.
Exemplo:
AMARAL et al. (1967), LEONARDOS (1956) e SALGADO (1963)
LEONARDOS (1956), SALGADO (1963) e AMARAL (1967)
Observação: no final do trabalho, as referencias bibliográficas devem ser apresentadas em ordem alfabética.
Sistema numérico
  • as citações dos documentos devem ser indicadas por chamadas numéricas colocadas meia entrelinhas acima do texto.
  • O nome do autor pode, em alguns casos, não ser mencionado.É citada apenas a idéia ou pensamento, seguido da indicação numérica da citação.
  • No caso da citação direta ou transcrição, o numero deve ser colocado após a pontuação final e não após o nome do autor.
Exemplo:
"De acordo com CERVO; BERVIAN documento é toda base de conhecimento fixado materialmente e suscetível de ser utilizado para consulta, estudo ou prova"?
observação: No final do trabalho, as referencias bibliográficas devem obedecer ao arranjo numérico, seguindo a ordem que as citações aparecem no texto.
Sistema alfanumérico
Neste sistema, as referencias bibliográficas são alfabetadas e numeradas previamente;
As chamadas no texto recebem o numero respectivo dessa ordem pré-estabelecida.
Exemplo:
GOMES3, concordando com AZEVEDO1 e BARBOSA2 ...
GOMES(3,), concordando com AZEVEDO(1) e BARBOSA(2) ...
GOMES/3/, concordando com AZEVEDO/1/ e BARBOSA/2/ ...
Observação: este sistema, remete as citações à lista de referencias bibliográficas cujo arranjo é alfanumérico.
Notas de Rodapé
As notas de rodapé transmitem informações que não foram incluídas no próprio texto, por provocarem uma quebra na seqüência deste. Como o próprio nome sugere, são anotações colocadas preferencialmente ao pé da pagina, de acordo com a seguinte orientação:
  • Separados do corpo do texto por um traço horizontal continuo de 5 cm, aproximadamente, iniciado na margem esquerda;
  • Devem ser em espaços simples de entrelinhas;
  • Cada nota deve ser indicada em uma nova linha com a devida sinalização.
Devem ser mencionadas em nota de rodapé:
  • informações obtidas por canais informativos;
  • trabalhos não publicados ou em fase de elaboração (trabalhos já aceitos para publicação e em fase de impressão devem ser incluídos na lista bibliográfica).
Recomenda-se que o nome do autor seja complementado com o nome e local da instituição a que pertence, especificação do tipo de documento e data.
Exemplo: adicionalmente cita-se no processamento da criolita de Ivigtut, a utilização da água no processo saturada em criolita. No caso das informações obtidas via Internet, citar a fonte da informação e o E-mail.
1.8.2 Apresentação Gráfica
Preparo dos originais
Na apresentação física do texto devem ser observados criteriosamente ao seguintes itens:
- papel;
- digitação;
- margem;
- espacejamento;
- paginação;
1.8.2.1 Papel
Deve ser utilizado papel branco, formato A4 (21,0 cm x 29,7 cm) ou impressos em formulário continuo de computador (21,0 cm x 29,7 cm).
1.8.2.2 Digitação
A datilografia ou digitação do trabalho deve prever:
- utilização de um só lado do papel;
- espaço 1,5 corpo de letra Times New Roman corpo 13 ou 14 Arial corpo 11 ou 12 exceto: resumo, notas de rodapé, citações muito longas, indicações de fontes de tabela, referencias bibliográficas, índices e apêndices, que devem ser apresentados em espaço simples;
- alinhamento da margem direita evitando separações silábicas com barras ou outros sinais.
Símbolos, sinais e outros caracteres não existentes no teclado do equipamento utilizado, deve ser colocado à mão, com tinta da mesma cor.
Os originais dos desenhos devem ser feitos, de preferência, em papel vegetal com tinta nanquim preta.
1.8.2.3 Margem e Espacejamento
De modo a permitir uma boa visualização do texto, assim como reprodução e encadernação corretas, devem ser observadas as recomendações a seguir:
a) Margens
  • esquerda 3,0 cm superior 3,0 cm
  • direita 2,0 cm inferior 2,0 cm
  • folha guia em anexo.
b) Espacejamento
Cada capitulo deve ser iniciado em uma nova pagina. O mesmo espacejamento observado entre cabeçalho e textos devem ser obedecido entre o termino de um item e o cabeçalho do item seguinte, e assim consecutivamente da introdução à conclusão do trabalho.
1.8.2.4 Paginação
As paginas devem ser numeradas seqüencialmente, em algarismos arábicos, no canto superior direito a partir da introdução até as referencias bibliográficas. Os números devem ser colocados sem traços, pontos ou parênteses.
A paginação dos anexos e das referencias bibliográficas devem ser continua à do texto principal. Os resumos não são paginados.
As listas de figuras, tabelas, abreviaturas e símbolos e os apêndices não possuem paginação continua à do texto principal. Podem, contudo, ter paginação própria.
A linha inicial de cada parágrafo distancia-se da margem esquerda oito ou dez toques ou 1 cm.
1.8.2.5 Reprodução e Encadernação
A forma de reprodução fica a critério da autor que, para definição da tiragem do documento, deve considerar:
- o número de exemplares que deseja distribuir;
- o número de exemplares exigidos pela Comissão de Pós-Graduação.
Os trabalhos devem ser apresentados grampeados e com capa plastificada colada na lombada. Trabalhos extensos (com mais de 150 páginas) podem ser divididos em volumes, mantendo-se, no entanto, a paginação continua e as recomendações apresentadas anteriormente.
As cores e o material utilizado para a confecção da capa ficam a critério do autor ou da instituição.
Em anexo modelo.
1.8.3 Índices
o índice – latim índice – é uma lista detalhada dos assuntos, nomes de pessoas, instituições, nomes geográficos, acontecimentos, e devem ser, preferivelmente, ordenados alfabeticamente, com indicação de sua localização na página da publicação em que aparece.
O índice é diferente do sumário. O sumário – latim summariu – significa: resumido, breve, conciso, sintético. Trata-se de uma seqüência de linhas que, no começo de um capítulo, indicam o assunto nele tratado e a sua respectiva página. O sumario apresenta a enumeração das principais divisões em uma obra; suas partes, capítulos, seções, artigos, índices, tabelas, estudos de caso, anexos, referencias bibliográficas e outros dados que facilitem a localização dos respectivos assuntos, dando ao leitor uma visão do conjunto da obra e a localização de suas partes.
O índice poderá vir ao final do trabalho monográfico, dissertação ou tese, enquanto o sumário devera vir no inicio do trabalho, após a pagina de rosto e a ficha catalográfica e ainda, após a dedicatória, pensamento lapidar ou agradecimentos, quando houver.
Os índices podem ser: a) alfabético: quando as entradas são ordenadas em ordem alfabéticas, b) cumulativos: quando se referem a vários fascículos de uma mesma publicação periódica, c) assuntos: índice remissivo – ver sumário, d) numérico: quando as entradas são ordenadas de acordo com uma seqüência numérica, e) onomástico: quando se enumera nomes de pessoas, f) remissivo: índice alfabético de diversos assuntos tratados numa obra com a respectiva indicação da página, capitulo, índice de assuntos, g) sinóptico: v. matéria – sumario, h) sistemático: aqueles em que as entradas são ordenadas analítica ou sistematicamente por assunto.
1.8.4 Referências Bibliográficas: Orientação básica
Esta orientação visa estabelecer a forma pela qual devem ser apresentadas as referencias bibliográfica no final dos trabalhos acadêmicos e científicos desenvolvidos nas faculdades e universidades.
As observações e os modelos arrolados basearam-se no trabalho do Grupo de Estudo de Referencias Bibliográficas do Sistema Integrado de Bibliotecas da USP, fundamentado na ABNT NBR-6023.
O sucesso na localização, obtenção da literatura desejada e normalização de identificação, ou seja, transcrição completa.
Da autoria do trabalho para a transcrição do(s) nome(s) do(s) autor(es) veja a seguinte orientação:
  • Do titulo do trabalho;
  • Do numero de edição e data de publicação;
  • Do local, editora e data de publicação;
  • Do nome da série a que pertence a publicação e seu respectivo número na coleção;
  • Do titulo do periódico ou nome do jornal;
  • Do volume, número ou fascículo, paginação e data de publicação, em caso de artigo de periódico e jornal.
Observação:
Os trabalhos aceitos para publicação e em fase de impressão devem conter todos os dados possíveis para a sua identificação posterior;
Nas monografias, dissertação e teses, anotar o grau obtido e a instituição onde foi apresentada.
1.8.5 Da Banca Examinadora
Uninorte
1.1 A Coordenação de Estagio da Universidade, conforme o tema do aluno escolhe um professor apto a ajudá-lo na sua monografia.
1.2 O professor orientador escolhe dois outros professores e submeti seus nomes a coordenação.
1.3 A Coordenação dá seu parecer a respeito dos nomes e aceitos os mesmo vão compor a Banca Examinadora.
1.4 Se nessa fase o aluno for reprovado, o mesmo terá que pagar todo o ultimo semestre novamente.

Conclusão
Neste trabalho, procuramos mostrar


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