Teologia da
prosperidade (também conhecida como Evangelho da prosperidade) é
uma doutrina religiosa cristã que defende que a bênção
financeira é o desejo de Deus para os cristãos e
que a fé, o discurso positivo e as doações para os
ministérios cristãos irão sempre aumentar a riqueza material do fiel. Baseada
em interpretações não-tradicionais da Bíblia, geralmente com ênfase no Livro de Malaquias,
a doutrina interpreta a Bíblia como um contrato entre Deus e os humanos; se os
humanos tiverem fé em Deus, Ele irá cumprir suas promessas de segurança e
prosperidade. Reconhecer tais promessas como verdadeiras é percebido como um
ato de fé, o que Deus irá honrar.
Seus defensores
ensinam que a doutrina é um aspecto do caminho à dominação cristã da sociedade,
argumentando que a promessa divina de dominação sobre as Tribos de Israel se aplica aos cristãos
de hoje. A doutrina enfatiza a importância do empoderamentopessoal, propondo que é da
vontade de Deus ver seu povo feliz. A expiação (reconciliação com Deus) é
interpretada de forma a incluir o alívio das doenças e da pobreza, que são
vistas como maldições a serem quebradas pela fé. Acredita-se atingir isso
através da visualização e da confissão positiva, o que é geralmente professado
em termos contratuais e mecânicos.
Foi durante
os avivamentos de cura (healing revivals) dos anos 1950 que a
teologia da prosperidade ganhou proeminência nos Estados Unidos, apesar de
especialistas terem ligado suas origens ao Movimento Novo
Pensamento. Os ensinamentos da teologia da prosperidade mais tarde
ganharam proeminência no Movimento Palavra
de Fé e no televangelismo dos anos 1980. Nos anos
1990 e 2000, foi adotada por líderes influentes do Movimento Carismático e
promovida por missionários cristãos
em todo o mundo, levando à construção de megaigrejas. Líderes proeminentes no
desenvolvimento da teologia da prosperidade incluem E. W. Kenyon, Oral Roberts, T. L. Osborn e Kenneth Hagin.
As igrejas nas
quais o evangelho da prosperidade é ensinado são geralmente não-denominacionais
e usualmente dirigidas por um único pastor ou líder, apesar de que algumas
desenvolveram redes que se assemelham a denominações.
Algumas igrejas dedicam um longo tempo aos ensinamentos sobre o dízimo, o discurso positivo e a fé. Igrejas da
prosperidade geralmente ensinam sobre responsabilidade financeira, apesar de
que alguns jornalistas e acadêmicos têm criticado seus conselhos nessa área
como enganosos. A teologia da prosperidade tem sido criticada por líderes dos
movimentos pentecostal e
carismático, assim como de outras denominações cristãs. Eles argumentam que ela
é irresponsável, promove a idolatria e é contrária às escrituras.
Alguns críticos argumentam que a teologia da prosperidade cultua organizações
autoritárias, onde os líderes controlam as vidas dos membros. A doutrina tem
seu sucesso atribuído, na Coreia do Sul, às semelhanças com a cultura xamanista tradicional. No Ocidente, a
teologia da prosperidade tem atraído seguidores das classes média e baixa e tem
seu sucesso ligado às semelhanças com o fenômeno do culto à carga, à religiosidade
tradicional africana e à teologia da
libertação das igrejas afro-americanas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
O artigo foi útil? Deixe um comentário, uma sugestão contribua. Obrigado!